Gêneros Textuais

CARTA

A carta pessoal é um gênero textual usado para construir diálogo entre pessoas próximas. Trata-se de um gênero discursivo muito antigo e, ao mesmo tempo, ainda muito usado. Cumprindo a função básica de conectar pessoas distantes, a carta virtualizou-se, transformando-se em e-mail ou em outras tantas formas de comunicação instantânea, continuando a ser um dos gêneros fundamentais de comunicação.
Quando conversamos com amigos ou pessoas próximas, costumamos usar uma linguagem descontraída, por que a língua reflete o grau de envolvimento que mantemos com o interlocutor.

Características e estrutura da carta

Interlocução direta
Dirigir-se diretamente ao leitor da carta, por meio de verbos na segunda pessoa do discurso (tu, você, teu, seu…).

Cabeçalho
Identificar, no canto superior direito da folha, a cidade e a data em que a carta foi escrita.

Vocativo
Usar expressão para dirigir-se ao interlocutor (querido/a, prezado/a…) antes do nome próprio do ser com quem se interage.

Corpo do texto
Transmitir, de fato, a mensagem.

Desfecho
Expressar uma mensagem cordial e se despedir.

Assinatura
Localizar a assinatura no canto inferior direito ou centralizá-la.

CRÔNICA

O termo crônica está relacionado a duas raízes: uma grega e uma latina. No grego, a palavra crônica tem suas raízes em khrónos (tempo); já em latim, a raiz é chronica, palavra que faz referência ao registro dos acontecimentos numa sequência cronológica.
A crônica é um recorte de uma situação em determinado tempo. A crônica é uma forma especial, poética, crítica de se olhar um fato cotidiano. Ela é um misto de texto literário e texto não literário, uma vez que se ocupa do retrato de uma cena/fato do cotidiano, mas com elementos linguísticos e estilísticos que são fornecidos pela literatura.
Por terem como tema central um fato corriqueiro ou bastante atual, é comum que as crônicas sejam curtas e objetivas. Tendo se consolidado no século XIX, com a implantação da imprensa, a crônica era o modo usado pelos escritores para relatarem os grandes acontecimentos históricos e sociais de seu tempo, usando ora técnicas mais jornalísticas, para garantir a informação, ora técnicas mais literárias, para divertir, emocionar ou fazer o leitor refletir sobre um assunto.
  • Quais são os tipos de crônica?
  • Crônica narrativa: conta uma história curta.
    Crônica humorística: que transforma uma situação comum numa produção cômica, irônica.
    Crônica reflexiva: que busca um sentido mais subjetivo e analítico do tema. Crônica crítica: que pretende criticar um comportamento ou atitude frequente.

    •    Que forma de linguagem é utilizada numa crônica?
          A linguagem é simples, informal, de compreensão mais ágil. Da mesma maneira que a linguagem é simplificada, os personagens (quando existem, pois uma crônica pode ser escrita em primeira pessoa, sem outros personagens) são menos densos e suas características são apresentadas de forma mais superficial. A crônica aceita verbos e pronomes em primeira pessoa do singular.

  • Qual é a estrutura de uma crônica?
  • Em qualquer tipo de crônica, é essencial haver título.
    A crônica reflexiva, ainda que conte uma história, não tem foco total na história em si, mas sim na reflexão que será propiciada a partir da história. A atitude de reflexão é um dos princípios básicos da crônica. As crônicas começam com uma experiência pessoal, que vai sendo ampliada até que se torne geral.
  • Quais são os principais cronistas em Língua Portuguesa?
  • Se você quer ter excelentes referências de como escrever uma crônica em Língua Portuguesa, procure pelos trabalhos de Luis Fernando Veríssimo, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade, Moacyr Scliar, Rachel de Queiroz, Cecília Meireles, Rubem Braga, Afonso Romano de Sant’Anna, entre tantos outros exemplos.

    NARRAÇÃO

    A narração é uma das tipologias textuais com que temos maior intimidade. Escrever histórias (reais ou fictícias) é uma atividade que faz parte da vida.
    A principal função de um texto narrativo é a de contar uma história. Existem vários tipos de texto narrativo, como o conto, a crônica, a fábula, a lenda, o romance, entre outros. Cada um destes tem características peculiares que fazem uma narração ser diferente da outra, mas, independentemente desse fator, todo texto que pertence ao gênero narrativo tem elementos essenciais e comuns.
    • Partes do enredo
    O enredo é a história em si e ele é dividido em parágrafos. Cada parágrafo corresponde a uma parte da história.
    O primeiro parágrafo ganha o nome de SITUAÇÃO INICIAL (ou apresentação/introdução). Aqui, apresentam-se as personagens (ao menos o/a protagonista), o cenário (onde a história se passa), o tempo (mesmo que não haja uma data definida, é preciso indicar se o enredo irá se passar no passado, no presente ou no futuro) e principiar os fatos da história em si. Às vezes, é possível utilizar mais de um parágrafo para o desenvolvimento dessas informações fundamentais.
    Após a situação inicial, há a COMPLICAÇÃO (ou conflito), quando ocorre uma situação que perturba o estado de paz, provocando um problema. O problema precisa estar intimamente relacionado ao assunto do enredo, caso contrário, a história será incoerente.
    Depois da complicação, há o momento de maior tensão do enredo: o CLÍMAX, aquele que prende a atenção.
    A CONCLUSÃO de um texto narrativo leva o nome de desfecho. No desfecho, as situações são finalizadas e resolvidas, de forma positiva ou negativa.
  • Narrador
  • Uma das características da narração é a presença de um narrador. Existe mais de uma forma de se construir o narrador. As mais usuais são
    Narrador-personagem
    O narrador participa da história e a conta com base em seu ponto de vista. É possível que o narrador- personagem seja o próprio protagonista. Com narradores-personagens, o enredo é escrito em primeira pessoa do singular.
    Narrador onisciente
    O narrador onisciente é aquele que sabe o que todas as outras personagens estão fazendo e, inclusive, pensando. O texto admite a forma tanto da primeira quanto da terceira pessoa do singular.
    Narrador observador
    O narrador observador não participa da história e é imparcial. Desconhece o íntimo das personagens e sua forma é apenas na terceira pessoa do singular.

        •   Personagens
    Os personagens dividem-se em personagens

    PRINCIPAIS

    protagonista (em torno de quem o enredo gira)
    antagonista (personagem que se opõe às ações do protagonista e cria problemas para ele)
     

    SECUNDÁRIOS, importantes para auxiliar na construção das situações da narrativa.

    Quando os personagens são seres humanos, precisamos incluir em suas características aspectos físicos (altura, cor da pele, dos cabelos, dos olhos, peso etc.) e psicológicos (personalidade, intenções, caráter etc.).

  • Tempo
  • O tempo em que um texto do gênero narrativo se passa pode ser
    cronológico, obedecendo à ordem natural em que os fatos ocorrem ao longo dos dias, meses e anos,
    psicológico , baseado nas lembranças do protagonista, sem precisar seguir a organização estabelecida pelos dias, semanas etc.
  • Espaço
  • Pode ser
    físico
    psicológico , quando faz referência às memórias das personagens.

    #DICAS

    1. Planeje seu texto.
    2. Seja coerente: analise se realmente você está contando a mesma história do início até o final do texto.
    3. Tenha atenção à construção das ações e dos pensamentos das personagens: não se esqueça de que tudo aquilo que a personagem faz e pensa precisa ter sentido e combinar com seu perfil, com suas características físicas e psicológicas.
    4. Não exagere nos detalhes: uma descrição bem feita é essencial para sua história, mas detalhes em excesso podem cansar o leitor e dar a impressão de “encheção de linguiça”.

    TIRINHA

    A tirinha é um gênero derivado das histórias em quadrinhos. Trata-se de uma curta sequência (narrativa) de quadrinhos que, em geral, faz uma crítica aos valores sociais e são bem mais curtas. São constituídas pela linguagem verbal e não verbal que, juntas, produzem o sentido do texto. Apresenta de três a quatro quadrinhos, com uma linguagem simples.

    TEXTO NÃO VERBAL

    COMO ESCREVER COM EMOJI NO GOOGLE DOCS
    O emoji é uma forma de linguagem pictográfica em mensagens de texto. Surgido no Japão na década de 1990 foi criado por uma companhia telefônica como uma opção para deixar as mensagens de texto mais divertidas e emocionais.”

    PASSO 1
    Fazer o login no Google Drive.

    PASSO 2
    Escolher a pasta onde seu arquivo será criado.

    PASSO 3
    Criar um novo Documento Google.

    Clicar no botão NOVO > Documentos Google > Documento em branco.

    Se for uma pasta compartilhada, selecione a opção CRIAR E COMPARTILHAR.

    PASSO 4
    Renomear o arquivo.
    Clique na seção Renomear > escreva o título > pressione a tecla Enter.

    PASSO 5
    Para inserir um emoji vá em Inserir > Emoji.
    Na janela que irá abrir, você pode pesquisar pelas categorias ou pela barra de busca.
    Para selecionar um emoji, basta clicar em cima dele.

    PASSO 6
    Para aumentar o tamanho do texto, selecione tudo o que você escreveu > vá na seção da fonte > clique em Tamanho da Fonte.

    👤❌🐶🏃🏹🐱

    “Quem não tem cão, caça com gato.”

    PASSO 7
    O objetivo é transmitir a mesma mensagem das duas formas: emoji e texto escrito com palavras. Após escrever os dois textos, revise para verificar se ambos transmitem a mesma mensagem.

    PASSO 8
    Explore sua criatividade e se divirta! 😃