“No princípio era o verbo.” Muitos entre nós já escutaram ou leram essa afirmação. Verbo tem origem no Latim – “verbum” – e significa palavra. Eis que a importância desta se comprova desde tempos imemoriais, seja ela falada ou escrita, atribuindo-se-lhe o status de gatilho da revolução cognitiva, há aproximadamente 30 mil anos. A revolução cognitiva caracteriza-se pelo surgimento de linguagens de comunicação. Assim, por meio destas, eis a capacidade do homem de criar e de transmitir informações, além de consumir, armazenar e assimilar grande quantidade de conteúdo. A versatilidade foi uma das principais características da linguagem, visto que permitiu a raça humana se comunicar de maneira particular. A capacidade de falar sobre coisas a respeito das quais nunca tinha ouvido, tocado ou cheirado tornou o ser humano um grande apreciador de ficção. Visto que esses relatos poderiam entrar por um ouvido e sair pelo outro do interlocutor, o homem resolveu registrá-los: na pedra, na argila, no papiro, no papel… Enfim, no livro, esse objeto mágico (impresso ou digital), endereço de personagens reais ou fantásticos que, em algum instante, conviveram intimamente conosco, para sempre em nossa mente e coração. Por isso convido você a seguir o fio da OEC: escreva, registre sua história, plante-a no outro, faça parte dessa teia de histórias que nos caracterizam como seres humanos e podem nos humanizar e que nos distinguem como sapiens.
Maria Tereza Faria Professora de Língua Portuguesa Coordenadora da área de Linguagens – JPSul
março de 2021
Descobri Com paciência Sob intensa tempestade Me guardo semente Floresço mais tarde
Maria Tereza Faria Professora de Língua Portuguesa Coordenadora da área de Linguagens – JPSul